segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

ALIMENTO É REMÉDIO?




Não é incomum ouvirmos uma receita de um amigo ou familiar ou até mesmo um conhecido sobre algum alimento que “serve” para tratar alguma doença. Quer alguns exemplos? Vamos lá: suco de limão em jejum para “afinar” o sangue, chá de chuchu para abaixar a pressão, suco de couve para curar gastrite, suco de berinjela para abaixar o colesterol e assim por diante. Mas será que podemos confiar plenamente nestas receitas? 


Bom, meu conselho em relação ao tema é: tenha cautela. Temos sim alimentos que possuem propriedades que auxiliam no controle e combate a algumas doenças, porém o tratamento com alimentos auxilia e não substitui o tratamento recomendado pelo médico. É preciso ter muita consciência quando procuramos terapias alternativas. Toda substância ingerida têm sim efeito colateral. Não é pelo fato de ser uma planta ou um alimento que não fará mal algum. Podemos citar o caso do limão em jejum. 
Com certeza esta prática favorecerá ao desenvolvimento de uma gastrite e por falar em gastrite lembramo-nos do leite que em um primeiro momento alivia o desconforto gástrico, porém logo em seguida aumenta e muito a produção do ácido clorídrico o que é bastante nocivo para quem tem gastrite. 

A berinjela realmente ajuda a absorver gordura, principalmente a gordura que está no intestino e é proveniente da alimentação, ou seja, se o colesterol for de origem alimentar podemos sim utilizar a berinjela para complementar o tratamento, porém se a origem do colesterol elevado for metabólica a berinjela não terá o mesmo efeito. Enfim o importante é lembrar que “alimento milagroso” não existe, desconfie das “receitas caseiras” que prometem curar desde unha encravada até câncer. Mesmo porque mesmo os alimentos que possuem substâncias que são benéficas ao tratamento de doenças possuem suas particularidades. Um bom exemplo é a semente de linhaça. 

A semente de linhaça vem sendo amplamente divulgada para tratamento de diversos males, será? A verdade sobre a linhaça é: se você for utilizar a semente terá os benefícios da fibra insolúvel, se você quiser obter os benefícios do ômega 3 que está na semente de linhaça deve liquidificar na hora do consumo pois caso ao contrário o pó da linhaça sofrerá uma ação oxidante causada pelo oxigênio e esta oxidação resulta no comprometimento da ação terapêutica do ômega 3. Por isso não adianta comprar o pó de linhaça e nem liquidificar uma quantidade e armazenar na geladeira. 

Quer acertar sempre? Lembre-se que todo tratamento é mais eficiente se for multidisciplinar e a dupla dieta personalizada e atividade física orientada é e continuará sendo muito eficaz na recuperação e manutenção da saúde e qualidade de vida. 
 

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