Não é incomum
ouvirmos uma receita de um amigo ou familiar ou até mesmo um conhecido sobre
algum alimento que “serve” para tratar alguma doença. Quer alguns exemplos?
Vamos lá: suco de limão em jejum para “afinar” o sangue, chá de chuchu para
abaixar a pressão, suco de couve para curar gastrite, suco de berinjela para
abaixar o colesterol e assim por diante. Mas será que podemos confiar
plenamente nestas receitas?
Bom, meu conselho em relação ao tema é: tenha
cautela. Temos sim alimentos que possuem propriedades que auxiliam no controle
e combate a algumas doenças, porém o tratamento com alimentos auxilia e não
substitui o tratamento recomendado pelo médico. É preciso ter muita consciência
quando procuramos terapias alternativas. Toda substância ingerida têm sim
efeito colateral. Não é pelo fato de ser uma planta ou um alimento que não fará
mal algum. Podemos citar o caso do limão em jejum.
Com certeza esta prática
favorecerá ao desenvolvimento de uma gastrite e por falar em gastrite
lembramo-nos do leite que em um primeiro momento alivia o desconforto gástrico,
porém logo em seguida aumenta e muito a produção do ácido clorídrico o que é
bastante nocivo para quem tem gastrite.
A berinjela realmente ajuda a absorver
gordura, principalmente a gordura que está no intestino e é proveniente da
alimentação, ou seja, se o colesterol for de origem alimentar podemos sim
utilizar a berinjela para complementar o tratamento, porém se a origem do
colesterol elevado for metabólica a berinjela não terá o mesmo efeito. Enfim o
importante é lembrar que “alimento milagroso” não existe, desconfie das
“receitas caseiras” que prometem curar desde unha encravada até câncer. Mesmo
porque mesmo os alimentos que possuem substâncias que são benéficas ao
tratamento de doenças possuem suas particularidades. Um bom exemplo é a semente
de linhaça.
A semente de linhaça vem sendo amplamente divulgada para tratamento
de diversos males, será? A verdade sobre a linhaça é: se você for utilizar a
semente terá os benefícios da fibra insolúvel, se você quiser obter os
benefícios do ômega 3 que está na semente de linhaça deve liquidificar na hora
do consumo pois caso ao contrário o pó da linhaça sofrerá uma ação oxidante
causada pelo oxigênio e esta oxidação resulta no comprometimento da ação
terapêutica do ômega 3. Por isso não adianta comprar o pó de linhaça e nem
liquidificar uma quantidade e armazenar na geladeira.
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