sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A IMPORTÂNCIA DA DIETA PARA PORTADORES DE DIABETES

Dieta x Diabetes

Quem é portador de diabetes sabe: açúcar é veneno. Isso é fato. O controle de tudo que se come é fundamental para que o diabetes não se torne uma doença. Sim, eu disse SE TORNE UMA DOENÇA. Porque como eu já afirmei aqui em posts anteriores, considero o diabetes um distúrbio metabólico da ausência, deficiência ou resistência, do hormônio insulina produzido pelo pâncreas. Sendo assim, precisamos sempre saber qual é o caso de cada pessoa. Vamos lá:

1) Ausência da insulina - o pâncreas não produz insulina e a aplicação da insulina injetável é indispensável no tratamento. Normalmente são os pacientes portadores de diabetes tipo 1 ou do tipo 2  onde o pâncreas parte ENDÓCRINA "faliu" ou seja, não produz mais insulina.
A dieta: Quando se utiliza a insulina necessita-se saber a sensibilidade do organismo em relação aos alimentos que são ingeridos, principalmente quanto ao índice glicêmico e a carga glicêmica da refeição. Quando o tratamento não é individualizado, a glicemia fica alternando entre hiperglicemia (açúcar no sangue alto) e hipoglicemia (açúcar no sangue baixo), quando o correto é manter uma estabilidade. 

2) Deficiência ou Insuficiência - o pâncreas produz insulina porém em uma quantidade insuficiente para carregar a glicose (açúcar para dentro das células). Novamente, o tratamento é personalizado. Em alguns casos o uso de hipoglicemiantes orais são suficientes em outros o uso de insulina injetável se faz necessário. 
A dieta: Personalizada independente se com hipoglicemiante ou insulina. No caso do uso de  hipoglicemiante oral, o risco de hipoglicemia (açúcar no sangue baixo) é incomum. Já para a utilização de insulina o risco de hiperglicemia e hipoglicemia é o mesmo para o caso acima citado.

3) Resistência periférica à insulina - Nesse caso, o pâncreas produz insulina, porém sua ação está comprometida e o organismo apresenta um quadro de hiperglicemia e hiperinsulinemia (alta do hormônio insulina) ao mesmo tempo. A consequência é o ganho de peso corporal com considerável ganho de gordura corporal total e desenvolvimento de diabetes tipo 2 ao longo do tempo.
A dieta: Adequação dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) ao organismo e hábitos de vida. Também é personalizada.

Os casos de diabetes vem crescendo absurdamente no Brasil e em todo mundo como consequência de hábitos alimentares inadequados e alto consumo de açúcares simples e  oculto em alimentos industrializados, sendo que entre as crianças o índice de diabetes tipo 2 o crescimento já é de 30%.

Cuidar da alimentação não é modismo, é necessário e fundamental para evitar doenças. 

Tatiane Attlio
CRN3 12175

OBS.: TODA E QUALQUER PROPAGANDA AQUI COLOCADA É SEM MEU CONSENTIMENTO. NÃO VENDO NENHUM PRODUTO OU PROGRAMA DE QUALQUER PROCEDÊNCIA. FIQUE ATENTO!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

COMO ME TORNEI MÃE DE UM ANJO DIABÉTICO

E então aconteceu.... A vida dela ficou doce demais...


Foi em Outubro de 2015, entre os dias 19 e 23/10. Nos exames de rotina, em um checkup da minha miniatura, minha filha Analu de 6 anos, que aconteceu. Nos resultados dos exames laboratoriais dela, veio a alteração da glicose (o açúcar do sangue). Meio sem chão, fiquei sem saber o que fazer nos primeiros 5 minutos, em seguida liguei para o pediatra (excelente médico e amigo), que pediu novos exames para o dia seguinte. Refizemos alguns exames e, novamente, a glicose estava alterada. Outros exames confirmavam o distúrbio metabólico da glicose e a insulina, em outras palavras o conhecido diabetes. Minha filha foi diagnosticada com diabetes tipo 1 insulino dependente, doença genética, crônica, sem cura, com controle diário, com restrições severas de açúcar e carboidratos na alimentação na tarde do dia 23/10/2015. Nesse dia ela se tornou um anjo doce demais. Foi então que coloquei minha parte materna um pouco de lado e coloquei a nutricionista em ação. Antes de qualquer coisa eu SABIA E SEI como fazer para tornar a vida da minha filha normal, saudável e saborosa. Sim, saborosa sim! Porque toda alimentação está ligada ao prazer oral. Temos uma cultura voltada para a alimentação, nosso meio social está repleto de confraternizações, festas e eventos onde a comida faz o segundo ou muitas vezes o papel principal da festa. E se, para um adulto, já é difícil ter restrições alimentares, imagine para uma criança. Portanto, tratei de guardar minha dor no bolso, e fui trabalhar focada em: 
1) normalizar a glicose
2) fazer uma dieta saudável, nutritiva e saborosa.
E assim aconteceu. Em 15 dias já estávamos utilizando metade da insulina prescrita. E hoje com 1 mês e 1 dia estamos com apenas 3 unidades de insulina ao dia e nada mais, com níveis normais de glicose. Todos os sintomas do diabetes sumiram, minha filha está saudável, comendo com prazer, com suas restrições (claro), mas descobrindo novos sabores, novas receitas, novos alimentos, novos horizontes.
Quero deixar claro que não vejo o diabetes como uma doença, vejo o diabetes como um distúrbio hormonal. E é assim que digo e afirmo para a minha filha: ela não é doente é portadora de um distúrbio hormonal. Apenas isso. O diabetes torna-se uma doença a partir do momento em que não é tratado, controlado com a dieta, insulinas e/ou hipoglicemiantes orais.
A dieta de um diabético controlado, é uma dieta que evita o desenvolvimento de muitas doenças como: Câncer, Obesidade, Hipertensão Arterial, Dislepidemias, e outras. Assim, comer de forma saudável é muito importante não apenas para o controle do diabetes mas para garantir o crescimento/desenvolvimento e evitar outras doenças. 
Sendo assim, a partir de hoje, vou postar receitas e dicas sobre diabetes.
Vou continuar a atender meus casos clínicos, mas hoje a vivência de ser uma mãe de um anjo diabético me aproxima mais de mães e familiares que passam pela mesma situação e que muitas vezes não sabem como lidar com a alimentação desses anjos doces demais...


ATENÇÃO: QUALQUER PROPAGANDA AQUI COLOCADA É CONTRA MEU CONSENTIMENTO, NÃO VENDO NENHUM TIPO DE PRODUTO, CONTROLE OU APARELHOS DE GLICEMIA. FIQUE ATENTO!!!!

segunda-feira, 1 de junho de 2015

DOCE, VICIA?


Você é viciada em doces?
O paladar adocicado é a preferência quase na totalidade das mulheres, principalmente no período que antecede o ciclo menstrual, a tão famosa e difamada TPM (tensão pré-menstrual). Comer um doce passa a ser tão ou mais importante que ter uma refeição equilibrada e não é incomum eu ouvir de uma paciente que ela “trocou o almoço por uma barra de chocolate porque era simplesmente impossível ficar sem comer o doce”.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Nutrientes: Suplementar ou Alimentar?

 Quando pensamos em atingir as necessidades nutricionais diárias de uma pessoa, o primeiro pensamento é uma alimentação variada e rica em frutas e vegetais. Agora, se pensarmos que esta mesma pessoa trata-se de um atleta, este pensamento continua o mesmo? E se esta mesma pessoa não fosse um atleta, mas um vegetariano? Ou ainda, uma pessoa que não consome frutas e vegetais?
E quando esta pessoa possui uma doença como síndrome de má absorção intestinal? Ou faz uso indiscriminado de diuréticos? Bem, as situações são inúmeras, mas o que desejo levantar é o seguinte questionamento: como saber se a quantidade de nutrientes que o organismo necessita está sendo ingerida diariamente?
Em primeiro lugar, seja qual for a situação citada, tanto faz a via de ingestão, suplementação ou alimentação equilibrada, nenhuma das duas irá ter seu objetivo alcançado caso a saúde do TGI – Trato Gastro Intestinal não estiver íntegra. Ou seja, para que os alimentos possam liberar os nutrientes eles devem ser devidamente mastigados, deglutidos, digeridos, absorvidos e metabolizados. No caso dos suplementos, devem ser absorvidos e metabolizados. A fórmula dos suplementos deve ser biodisponível, caso contrário, os nutrientes serão eliminados via urina ou fezes.
A qualidade da composição centesimal do alimento é bastante variada, isso significa que nem sempre um copo de suco de laranja contêm a quantidade de vitamina C calculada em tabelas nutricionais, porém os alimentos contêm outras substâncias que favorecem a absorção e otimizam a ação dos nutrientes nele contido e este fato vem sendo estudado por vários cientistas. Já os suplementos não possuem esta característica.
Não estou dizendo aqui que sou contra o uso de suplementos. Estou dizendo que sou contra o uso de suplementos de forma indiscriminada e sem orientação.
A determinação de qual a melhor forma para se atingir às necessidades nutricionais de uma pessoa deve ser baseada somente após uma entrevista com um profissional nutricionista muito bem capacitado para que assim não haja danos ao organismo com a sobrecarga de nutrientes ou ainda a carência dos mesmos.
Normalmente uma dieta equilibrada, e quando necessário a suplementação dentro das RDA – Recomendação Diária Recomendada, é a escolha do profissional centrado e focado na saúde de seu paciente. Estimular a alimentação diversificada, com diferentes tipos de preparações e mudanças de comportamento alimentar ainda é o grande desafio para quem busca a saúde através dos alimentos. Os suplementos, como o próprio nome diz, suplementam o que não se atinge com a prescrição do plano alimentar, ou em casos especiais como os atletas e outros.
É importante ressaltar que independente do tipo de suplemento, todo excesso é tóxico, podendo levar danos à saúde e aos órgãos como fígado e rins. Seja consciente, seu organismo não possui substituto.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

EMAGRECIMENTO E GORDURA NO FÍGADO

 Esteatose Hepática, Obesidade e Emagrecimento: Existe relação?
Esteatose hepática pode ser denominada como: Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Esta é uma condição clínica patológica na qual ocorre excessivo acúmulo de triglicerídeos no fígado a evolução desta doença é denominada: Esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) que representa a forma inflamatória e que pode levar à fibrose avançada, cirrose e Hepatocarcinoma (câncer de fígado.)
Estudos epidemiológicos têm revelado que a DHGNA é um problema de saúde pública, acometendo 20-40% dos indivíduos testados dos obesos na população estudada. Um estudo mais recente, realizado nos Estados Unidos, com 328 pacientes assintomáticos, relatou que 46% dos indivíduos tinham esteatose, 26% eram diabéticos, 68% hipertensos e 70% obesos.
No Brasil, estudos de Edison Roberto Parise e Helma Pinchemel Cotrim, utilizando a ultrassonografia (US) como método diagnóstico, encontraram em torno de 20% de esteatose hepática na população geral. Quando, pacientes diabéticos são avaliados pelo ultrassom em relação à presença de esteatose, 70% são portadores da doença.
A situação é alarmante e requer cuidados e esclarecimentos. Vamos iniciar pelos esclarecimentos.
A busca desesperada em eliminar a gordura corporal, emagrecer de forma rápida a qualquer custo, faz com que as pessoas procurem por métodos que busquem retirar a gordura que está dentro da célula de gordura (adipócito) e utilizar esta gordura como fonte de energia. Tudo isso não seria problema se toda a gordura retira fosse sim utilizada como fonte de energia, mas o que acontece é que grande parte desta gordura, o triglicérides, fica na corrente sanguínea que vai acabar sendo depositada, pelo menos uma parte, no fígado, contribuindo assim para o desenvolvimento da esteatose hepática não alcoólica.
Por isso os estudos revelam o que já não é segredo para quem acompanha o crescimento de dietas desequilibradas, tratamentos estéticos “milagrosos” e daí por diante.
A esteatose hepática não alcoólica é uma doença que pode se tornar grave e deve ser acompanhada pelo médico especialista e por uma nutricionista clínica para que a alimentação contemple o emagrecimento sem agravar a doença e principalmente preservar e recuperar o fígado e as patologias associadas como a hipertensão e o diabetes.
E para quem não tem esteatose hepática não-alcoólica, o emagrecimento deve ser orientado por uma nutricionista clínica para que assim a gordura eliminada no processo possa ser realmente eliminada e não depositada no fígado. Por isso, fique alerta! Nada de sair fazendo a dieta da sua amiga, a dieta da revista e principalmente a dieta da moda que promete emagrecimento rápido com eliminação de gordura como um passe de mágica. Cuide da sua saúde! Você merece!
Por: Dra. Tatiane Attilio
CRN3 12175
Consultas: 67 9932 8381

sábado, 10 de janeiro de 2015

PODEMOS COMBATER A INFLAMAÇÃO COM ALIMENTOS?


Este é um trabalho que foi realizado com muito carinho.

É uma monografia e por isso vocês verão citado vários autores ao longo do material.
Temos receitas e muitas informações.
Aproveitem!

A inflamação é uma doença que está presente em várias doenças e pode ser "combatida com alimentos"